De acordo a ABF, atualmente 138 redes de franquias nacionais operam em 80 países. Deste total, 130 possuem unidades fora do país, 8 atuam como exportadoras e 4 são híbridas.
Os destinos mais procurados são Estados Unidos – pela aceitação de diversos produtos e multicultura da sua população, Portugal – pela facilidade de comunicação e países vizinhos como Paraguai e Argentina – em razão da proximidade geográfica e cultural que favorece a integração entre franqueador e franqueados.
Os motivos que levam empresas brasileiras a atuarem fora do país são variados, mas, em geral, vale destacar que muitas vezes o processo começa com o aproveitamento de alguma oportunidade pontual, com o atendimento de demanda de franqueados interessados em outras localidades e, claro, com estratégia das marcas em expandir com maior solidez e estabilidade.
“Investir em internacionalização de redes de franquias vem sendo uma solução para os brasileiros que estão à procura de mercados mais estabilizados e menos suscetíveis a flutuações econômicas. Isso, no entanto, exige investimento alto, que em temporada de real desvalorizado pode representar muito mais do que a marca pode investir”.
Por outro lado, segundo a consultoria, não existe um tipo especifico de franquia para atrair empreendedores de outros países, nem segmentos mais desejados, existe sim, um perfil de franquia que atrai mais os investidores. Esse perfil traz algumas combinações como: aderência à cultura e ao mercado para o qual se deseja levar a marca, marcas que sejam promissoras e tenham saúde financeira, que cresçam ao longo dos anos de forma consistente e aquelas que não exigem legislações específicas para atuar fora do país. “Todos esses aspectos devem ser levados em conta, porém muitas vezes, os investidores se atentam apenas ao aspecto financeiro e esquecem de olhar as implicações de aspectos que não são controlados por ele”.
1) Conheça o mercado onde a empresa deseja atuar – Estude a cultura local e avalie se o seu produto ou serviço teria aderência às características do país.
2) Estude o consumidor local – Veja onde o seu público-alvo consome serviços ou produtos similares aos da sua marca e avalie seus hábitos de consumo (horários, valores que está acostumado a arcar com isso, formas de pagamento etc).
3) Analise sempre a concorrência – Verifique quem seriam os concorrentes da sua marca, onde estão presentes e qual o perfil do público que atendem.
4) Pesquise a estrutura jurídica do país – Entenda, por exemplo, se o país tem leis de franquias específicas ou outros tipos de relação contratual. É importante ter o apoio de um advogado local, um amplo conhecedor da legislação de franquias de onde a marca deseja desembarcar.
5) Defina o modelo de negócio ideal para a expansão – Com todas as informações anteriores em mãos, é recomendado rever o seu modelo de negócio para avaliar a necessidade de adaptações. Pode ser que para uma melhor aceitação no país de destino você precise remodelar o negócio para ter maior chance de êxito no exterior.
6) Defina um business plan para os próximos 5 a 8 anos – Este passo é essencial para identificar a viabilidade e potencial de expansão da marca assim como todo o capital de investimento necessário para que o negócio dê retorno no prazo estimado.