Durante a pandemia causada pelo Covid-19, período pelo qual ainda estamos transitando, muito se especulou sobre como seria o novo normal, numa tentativa de decifrar quais serão as grandes mudanças culturais na população que permaneceu tanto tempo isolada do contato físico e que de uma hora para outra se tornou muito dependente da tecnologia.
Desde os primeiros meses da pandemia, a impressão que se tinha era de que a solução para a ausência de encontros familiares e profissionais seria completamente resolvida pelos encontros virtuais, ou, videochamadas, que se transformaram na grande forma de comunicação em massa. De nossas casas, os encontros entre amigos, familiares e profissionais puderam retomar parcialmente suas funções.
Com o passar dos meses e com a enxurrada de Lives, Webinars e outras formas de transmissões, ficou perceptível que apesar de ser uma excelente ferramenta, nem usuários e nem as ferramentas de transmissão, estão totalmente prontos para absorver o enorme volume de informação visual sem que haja sobrecarga.
Neste mais de um ano de isolamento parcial, a pandemia ainda não foi contida e percebemos a evolução de um novo mal, a Infoxicação, que não é letal, mas desgastante e que pode comprometer a produtividade. A Infoxicação, nada mais é do que a intoxicação pelo uso massivo de informação. O termo foi criado pelo físico catalão, Alfons Cornella, em meado dos anos 90, mas que pode ser muito bem aplicado aos dias atuais. Estudos recentes mostram que o excesso desse tipo de informação visual, em grande parte causada pela privação de limites no uso de programas de videochamada, geram cansaço cognitivo.
Parece que o novo normal não será definitivo, já que encontra uma barreira e esbarra em uma condição natural do ser humano que é a necessidade de se socializar. Na Grécia antiga, o filósofo Aristóteles já dizia que o homem tem essa necessidade por ser naturalmente carente e por precisar de outras pessoas para se sentir pleno e feliz.
Aplicando estas situações ao universo dos eventos, mais especificamente dos eventos de franquias, vemos que os impactos da pandemia foram semelhantes. Em 2020 e 2021 praticamente todos os eventos presenciais foram cancelados e como alternativa os encontros online se tornaram uma saída para que os negócios ainda pudessem acontecer de alguma forma. Algumas feiras virtuais surgiram neste período, inclusive a ABF (Associação Brasileira de Franchising) lançou o seu próprio evento virtual, mas estes modelos atendem uma demanda muito restrita e transitória.
O modelo híbrido que é utilizado pela Feira da Franquia é até o momento a opção mais promissora, pois proporciona o encontro físico entre marcas franqueadoras e interessados, através de stands, onde a franquia pode conquistar visualmente o candidato à franqueado. A versão digital serve como complemento, como warm up para a feira física, aquecendo os leads com informações e números sobre a franquia, preparando o caminho para ótimos negócios.